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Tentaram tirar uma foto... E eu deixei hahahaha

A beleza dos dias comuns está nos detalhes que passam muitas vezes despercebidos. No cheiro do café fresco pela manhã, no sol tímido atravessando a cortina, no riso espontâneo que brota da face ao ver os pombos invadindo a janela da casa abandonada a minha frente, ou no toque morno do vento no meio do calor do dia, que desaparece quando o som da chuva suave encontra a janela de forma repentina, revelando-se no suspiro que não precisa de motivo.

... E eu tenho um privilégio imenso, que é em poder chamar de comum o estar diante desse mar. Sentir a brisa salgada acariciar o rosto, ouvir o vaivém das ondas como uma canção que embala a alma. Cada amanhecer na praia é um convite para recarregar as energias, para lembrar que a vida pulsa no ritmo da maré, sempre renovando, sempre recomeçando.

Os dias comuns são onde a vida realmente acontece. São eles que constroem memórias sem alarde, que tecem histórias sem pressa. E quando olhamos com atenção, percebemos: a felicidade não mora nos grandes acontecimentos, mas na poesia sutil do cotidiano.