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She's a Riot

Eu não tenho certeza de onde vem a força dos mantras da Andy - se é da vibração quântica gerada pela cadência das palavras ou se é algo poderoso que existe dentro dela. Aposto na segunda opção, apesar dessa confissão ir na contramão do meu ceticismo. E, pra ser sincero, eu seria mais cético se não tivesse visto coisas impressionantes acontecerem, tipo o céu com nuvens densas se abrindo rapidamente no exato momento em que as palavras saíam da boca dela, o mar agitado se acalmando, e o mar calmo desenhando ondas incríveis pro surf.

Não acredito nessas coisas paranormais (ainda que os olhos dela brilhem diferente quando refletem luzes de fontes naturais). Acho que é mais uma conexão forte que ela consegue estabelecer com a natureza. Sei lá, não racionalizei sobre isso ainda - e na real, talvez nem queira. É engraçado imaginar ela com super poderes. De qualquer jeito, me pergunto se essa energia inesgotável, equivalente a 30 Itaipus, também não vem do mesmo lugar que empodera o mantra e faz os olhos brilharem.



Lembro quando a gente se conheceu. Ela falava tão rápido e com tanta empolgação sobre o estilo de vida nômade, que esquecia até de respirar. Acho que se alguma coisa acidentalmente drenar toda a energia do trailer, conectando o cabo na bateria e nela, a partida auxiliar rola de boa! (Zueira, amor!)

Eu adoro observar ela brincando com o Palmier, andando de skate, surfando, dando um coro em todo mundo nos esportes, se arriscando nos rolês mais insanos. Eu adoro ela inteira!

Acho que é a sina de todo músico desenvolver os sentidos pra perceber os pequenos detalhes que compõem grandes obras. O único ponto ruim de aguçar a percepção é que coisas triviais se tornam muito enfadonhas.

Daí pensei em alguma forma de transformar a Andy em música. Pensei nas linhas de guitarra, baixo, batera, vocal e, no final das contas, concluí que só uma orquestra sinfônica mesmo.