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face to face, we smiled;

Hoje foi assim: a Iris na frente, segurando minha mão com uma e a da Bellinha com a outra. A Violet vinha logo atrás, no colo do Ryu, porque ele insiste em ser nosso guarda-chuva contra qualquer vento mais forte ou esquina perigosa.

Na sorveteria, ele deixou as meninas escolherem três sabores cada uma. Três. A Bella olhou pra ele com aquele olhar que diz se prepare pra pagar o odontopediatra, e ele só mostrou a língua, crianção do jeito que era. E quando Bellinha achou que todo mundo estava distraído o suficiente, eu peguei de canto de olho minha morena roubando uma colherada do potinho dele. Fui cúmplice, como sempre.

Eu olhava aquela cena como quem assiste um filme que nunca quer que acabe. Era riso solto, ecoando por onde a gente passava. Eram minhas formiguinhas, que não paravam quietas, mas sempre voltavam pro mesmo lugar; o colo da Bella, nos braços do Ryu ou agarradas nas minhas pernas, exaustas de tanto explorar o mundo.

Meu mundo cabe em uma segunda-feira aleatória. Cabe em duas princesinhas lambuzadas de chocolate e dois (quase) adultos, que por algum milagre bonito demais pra entender, eu chamo de meus. E eu não poderia estar mais feliz.

No caminho de volta, as aventureiras cansaram de vez. O Ryu carregou uma em cada braço, como se fosse a coisa mais leve do mundo. A Bella segurou minha mão e sorriu pra mim. E foi aí que eu senti meu coração derreter mais uma vez, igual o sorvete, quando deixei ele de lado lá na sorveteria pra admirar o rosto dela.