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Dove c’è amore, c’è vita

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“E” e “se”… são palavras que, por si, não apresentam nenhuma ameaça. Mas, se colocadas juntas, lado a lado, elas têm o poder de nos assombrar a vida toda. E se… E se… E se…” — Cartas para Julieta.

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Ao norte da Itália, a 160 km a leste de Milão, ficava Verona, mais especificamente a Casa de Giulietta. O lugar que Aurora encarava com um certo brilho nos olhos, como se fosse um lugar mágico. É claro que ela havia fugido de trem enquanto Rick tentava encontrar um terno decente na companhia dos irmãos, e no chão, abaixo dela e preso a uma guia, estava Sebastian, que, de barriga cheia após um sachê caprichado, também observava a cena com curiosidade: diversas mulheres deixando cartas e mais cartas, além de cadeados e outras pequenas lembranças.

O cenário não apenas remetia a Romeu e Julieta, como também simbolizava o amor para aqueles que ainda acreditavam no romance mais puro. E, embora Aurora fingisse ser cética demais sobre certas coisas para alguém com tão pouca idade, havia deixado um bilhete, um cadeado com duas iniciais e uma carta na caixa de correio de Giulietta. Sebastian, por sua obediência, recebeu alguns carinhos de outras visitantes, e Aurora, entre o tempo livre, provou diversos tipos de gelato e visitou uma loja de vestidos, uma em especial que havia encontrado numa pesquisa na internet e que era o verdadeiro motivo pelo qual estava ali.

No fim do passeio, ela voltava de Vespa alugada de uma cidade para outra, depois de enviar a Rick uma foto de Sebastian no cestinho da motocicleta. Levava um vinho antigo que seria um presente aos noivos, bom humor de sobra e vontade de apreciar a vista alaranjada do fim de tarde, torcendo para que aquela uma hora no GPS se transformasse em quarenta minutos, no máximo, pois ainda queria descobrir se a pizza de Milão seria melhor do que a que havia provado em Tromsø.

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Nova nota no mural: Levar Rick até Verona. 🍋

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